sábado, 28 de novembro de 2015

Tenho saudades…

Tenho saudades…


Saudades de brincar à chuva;

Saudades  de subir a uma arvore (e morrer de medo ao descer);
Saudades de cair romper os collants no joelhos e pinta-los com gotas de sangue e terra;
Saudades de sentir o bolo acabado de fazer;

Saudades de estar na cama e adivinhar o almoço;
Saudades de ter medo na escuridão da noite e encontrar um leito de segurança;
Saudades de ficar contente porque sim e triste porque não;


 Saudades da segurança que tudo iria correr bem sempre;
Saudades de não fazer os trabalhos de casa e sentir o frio na barriga quando entrava na sala de aula;
Saudades de odiar o professor;
Saudades de amar o professor;

Saudades de mergulhar na água fria do nosso rio;
Saudades de entrar mar a dentro de mão dada e ser tombada por uma onda gigante;
Saudades de sentir que a escola e o que me ensinavam era útil;

Saudades de me sentir a descobrir o mundo e a ciência;
Saudades de ir no carro e não saber para onde ia e sentir-me cheia de confiança;

Saudades de nunca pensar no amanhã;
Saudades de adormecer por cansaço de tanto rir;
Saudades de adormecer por cansaço de tanto chorar;
Saudades de comer sentada no beiral da janela, enquanto me contavam historias;
Saudades de longos serões;
 Saudades de ouvir vezes sem conta aquelas vivencias que começavam sempre “naquele tempo”;
Saudades de luta, berrar, brincar com o mano;


Saudades de me vestir ao calor da lareira;






Saudades que me carregues ao colo;





Saudades de ser criança…


segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Eu sou Outono...

Eu sou Outono alterno entre dias quentes e frios.

Eu sou Outono, caem-me as folhas, desnudo-me, em cada estação, renovo-me!

Sou raio de luz, sou brisa, sou chuva miudinha.

Eu sou Outono para que o Inverno venha e a Primavera me faça florir.


segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Por amor...

Todos nós nos movemos por amor.

 
Fazemos coisas que gostamos e não gostamos, por amor. Deixamos de fazer coisas que gostamos, por amor.
Mas será isso mesmo amor?
 
Anular o individuo? Pensar coletivo? Ou será que não se ama o suficiente quando se sente vontade de fazer outras coisas, por amor a nós próprios?
 

 

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

O meu mundo dá voltas e reviravoltas!

 

 2015...Ah!  tem sido um ano de grandes mudanças na minha vida, e o ano ainda não chegou ao fim e já posso afirmar com toda a certeza que este é o ano!
 
O meu mundo andou às voltas e reviravoltas, não tenho explicação lógica para estas alterações, mas que mudou muita coisa mudou:
 
  • Terminei um longo relacionamento ...foi tão doloroso!
 
  • Mudei de casa;
 
  • Temos uma gata...a Mia!
 
 
  • Mudei de emprego...novas experiencias;
 
  • Tenho mais projetos, estou mais empreendedora...

Sou sem duvida muito mais mulher, mais pessoa, mais segura, mais eu! E todo este conjunto me faz mais feliz...se calhar com mais uma voltinha e isto fica quase perfeito...vamos lá ver quantas voltas e reviravoltas ainda dá...estou de facto a voar e sem medo!
 
 

domingo, 11 de outubro de 2015

Nós e nossos medos!

Nós e nossos medos!

O medo e falta de autoconfiança intendem-nos muitos vezes de sermos felizes. No meu entender, sem ser especialista na área, baseando-me apenas na minha experiência pessoal, posso afirmar que temos fazes da vida mais ou menos medricas! Se numa fase acumulamos medos ora temos outras que nos libertámos e somos muito auto confiantes.

O medo de não ser uma boa profissional 

Andamos tempos infinitos a mostrar que somos dignos do lugar que ocupamos, ou a lutar e a provar que merecemos um lugar melhor, tentar agradar ao chefe, aos colegas, não falhar,melhorar o nosso desempenho...mesmo que não nos sintamos realizados, compensados pelo esforço, tentamos, tentamos todos dias...porquê? Temos medo de não ser considerados bons profissionais, ninguém disse que podias desistir, mas podemos desistir é bom! Colocar um ponto final numa situação profissional que não nos agrada vão fazer-nos sentir melhor e abrir portas para uma nova situação que pode ser mais compensadora a todos os níveis. 

O medo de não ser boa mãe 

É uma dor terrível, temos tanto medo de falhar com as nossas crias, o meu medo não é a nível material, sei que isso não é o mais importante, mas tenho tanto medo, pavor, de não conseguir dar amor suficiente ao meu rebente ou o pior não o preparar bem para o futuro, prepara-lo para a vida, para que seja um bom ser humano.

O medo de ficarmos sozinhos Vivemos e ficamos em relações que não nos fazem bem porque temos medo de ficarmos sozinhos. Porque temos medo que socialmente não seja uma situação bem aceite, porque receamos que não seremos capazes de  cuidar das nossas vidas sozinhos. Esquecemos-nos que somos a nossa melhor companhia e  o nosso melhor amigo. Temos que acreditar em nós, aumentar a nossa autoconfiança e quem sabe no futuro descobrir outro ser para partilhar a nossa vida.

Gatinha com força de  leão

Tomar consciência dos nossos medos  e enfrentar-los são o primeiro passo para os vencer. Acho que o segredo está no aumento da nossa auto estima, acreditar que somos capazes, ser a gatinha de sempre, mas sentir-se com uma força de leão. Arriscar, crer em nós mesmos, e os outros serão sempre os outros...o importante somos sós e a nossa paz interior e felicidade.





quinta-feira, 1 de outubro de 2015

El dolce far niente!


I'm not a morning person
Acordar às 7:00 é mau, não sou uma "morning person" sou noctívaga, só começo a funcionar bem depois do almoço. Demoro um tempo enorme a sair de casa, mas acho que é uma coisa de família o papá é assim  o mano também,  a mamã é o nosso oposto!  De manhã não me digam nada, deixem o meu cérebro despertar sozinho. Por isso adoro férias e não ter horários e o "dolce far niente". 



Esta semana estou de férias mas tenho o meu mais que tudo para cuidar e as coisas da casa, mesmo assim dá para relaxar um pouco. Dormir, cuidar de mim, ler, reflectir - vem aí uma nova etapa profissional ...tens de recuperar forças menina e vais ter de acordar ainda mais cedo...ai ..ai!

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Nós e o mundo do trabalho...

 Eu sou engenheira, sou muito engenheira, demasiado até!

Adoro trabalhar, nas empresas onde trabalhei sempre trabalhei muita horas, não por serem remuneradas mas de modo que o trabalho ficasse feito, bem feito, missão cumprida! Acho que foram poucas as vezes em que me senti frustrada pelo que fiz mas foi pelo que não me deixaram fazer. Sempre arranjei uma forma de auto-motivar, definir os meus próprios objectivos em prol da empresa dos que lá trabalham e nunca fui de grupos ou de grupinhos ou de querer fazer mal alguém!




Mas sou mulher! Sou mãe! Sou amiga! Sou mana! Sou Filha! Eu sou mais que trabalho...Quantas vezes não os prejudiquei a todos? E a mim? E quantas vezes o meu relógio biológico não despertou e eu o desliguei...onde estão os meus filhos? A minha realização pessoal?